A retenção no backup em nuvem segue a ideia geral de retenção de dados, mas com um objetivo específico, servir como uma “lixeira” na nuvem.
A retenção de dados é o armazenamento contínuo de dados de uma organização conforme as definições do negócio. Há vários motivos para uma organização reter dados. Seja para cumprir leis ou então, em caso de uma catástrofe, poder recuperá-los.
Como exemplo, a retenção de dados das telecomunicações são registros dos detalhes das chamadas de telefonia, tráfego na internet e dados de transações por governos e organizações comerciais.
Neste caso, esses dados são usados para análise de tráfego e vigilância em massa. Ao analisar os dados retidos, pode-se identificar a localização de indivíduos, pessoas associadas e membros de um grupo. Os vilões que queiram destruir o mundo, que lutem! Brincadeiras a parte, a retenção também tem um objetivo muito importante no backup em nuvem.
Imagine uma situação onde você tem um ou mais arquivos contendo informações de extrema importância para sua empresa, e como medida de preservação dos dados, realize uma cópia ou backup diário, por exemplo.
Supondo que o backup ou cópia dos arquivos, seja feito em um dispositivo externo (HD, pendrive, etc.) ou sincronizador de dados, e por acidente ou propositalmente, ocorre a exclusão de algum desses arquivos. As chances de recuperação são mínimas, já que o armazenamento externo pode conter arquivos desatualizados ou corrompidos. E os sincronizadores, ao identificar que o arquivo não existe mais no local de origem, remove-o também da nuvem. Neste caso um “CTRL+Z” não pode ser feito.
Está aí uma vantagem dos softwares de backup em nuvem que contam com a função de retenção de dados.
O backup é realizado a partir da origem, o servidor de dados da sua empresa, e envia este backup para a nuvem, que chamamos de destino, ou seja, temos os dados atuais na origem, e o backup mais recente sempre na área ativa no destino.
Se, por ventura, seja feita alguma alteração ou exclusão indesejada nos dados da origem, é possível realizar a restauração com o backup mais recente. Entretanto, se o backup for feito antes da restauração e a nuvem identificar estas mudanças, vai aplicá-las também.
E aí você pensa, “putz, perdi aqueles arquivos“… Será? Digo-te que não!
É aí que entra a retenção. A inteligência do software de backup analisa e pensa: “Opa, teve mudanças! Então primeiro vamos mandar estes dados para a retenção, e depois realizamos o novo backup”. Os arquivos alterados e/ou excluídos sempre vão para a retenção na nuvem, a não ser que a rotina de backup seja excluída, neste caso não há possibilidade de restauração nem da área ativa e nem da retenção.
É importante ressaltar que a restauração dos arquivos em retenção só pode ser feita se o backup ocorrer com sucesso.
Por padrão, o software vem configurado com um número X de dias de retenção de dados, que pode ser facilmente modificado, conforme a sua necessidade. O período de retenção serve para dar um prazo de validade para as versões dos dados, não que estes tenham realmente data de vencimento, mas isso serve para o software entender quanto tempo deve manter aqueles arquivos de backup na nuvem. A cada nova modificação detectada nos arquivos durante a execução da(s) rotina(s) de backup, uma nova versão dos dados é enviada para retenção. Após decorrido o tempo definido, as versões mais antigas desses arquivos são excluídos permanentemente.
As políticas de retenção definem quanto tempo e de que forma os backups dos dados vão ser mantidos na nuvem, considerando as questões legais em relação aos custos dos recursos disponíveis.
Por exemplo, em uma rotina de backup, definimos que a política de retenção é quinze dias. Temos 5 arquivos na origem para realizar backup. Realizamos o backup diário desta rotina durante este período. No dia 8, o arquivo 2 foi excluído na origem. Como temos backup dos oito dias anteriores, podemos acessar a opção de restauração e procurar pelo arquivo 2 em retenção. Nesta situação este arquivo estará lá. Porém, se passar no mínimo 14 dias após a exclusão do arquivo sem ter sido restaurado, ele será deletado da nuvem.
Há várias maneiras de criar as políticas de retenção, dependendo da quantidade de modificações nos arquivos dos quais são feitos backups, é interessante manter as rotinas com agendamento diário, outras semanais, mensais, semestrais e até anuais. Sendo assim, quanto maior o período de retenção, maior será a necessidade de espaço em disco para armazenamento dos backups.
Portanto, é bom realizar um levantamento cuidadoso de quanto tempo precisa manter os backups em retenção, para que na hora de restaurar qualquer arquivo, ele esteja lá.
Agora você já sabe o que é Retenção e como funciona no backup em nuvem, mas se ainda sim, ficou com alguma dúvida sobre o post ou sobre a gente, só nos mandar uma mensagem abaixo, ficaremos muito felizes em atender.